terça-feira, 7 de outubro de 2014

Dada a largada.

Quando leio o título deste post, fico imaginando uma maratona, onde atletas tentam ultrapassar seus limites físicos e psicológicos competindo quem é o mais rápido e estratégico. Me sinto um pouco assim quando o assunto é gravidez. Meio confuso, né? Vou explicar:
Finalmente concluído o tratamento do estômago, dei a largada para as tentativas. Antes estava ensaiando, agora é de verdade. E por mais que eu diga que tá tudo tranks, que vou aproveitar a vida a dois, que a expectativa de ser mãe tá controlada, inevitavelmente surge as dúvidas de quando serei contemplada com o prêmio da gravidez. Tá, estarei sendo contraditória se a gente voltar a ler a última postagem, mas... tenho disso! Chico chegou, Chico foi embora, e apesar de não fazer mais tabelinha, conheço um tico do meu corpo para saber que estou no período fértil. E pela primeira vez, existe a possibilidade real do óvulo se unir ao espermatozoide vencedor e juntos se transformarem num neném. Aí é que tá o x da questão. Será que vai demorar? será que vai ser mês que vem? será que no carnaval de 2015 estarei buchuda? Ou só no São João? Rola muitos questionamentos em relação ao momento exato. 
Aí que vem a analogia da maratona. O pensamento que quer o dia e hora, tipo consulta médica marcada. O corpo exige cautela, e os dois - que no fim das contas não são dois, sou um e pronto - ficam disputando meu espaço interno, mesmo tendo os mesmos objetivos, que é gerar uma vidinha. E meu psicológico tenta fazer o intermédio, mostrando que os eles precisam estar em harmonia para que um não atropele o outro na conquista do pódio. 
É estranho demais, por que me policio para não ficar muito focada nessa questão e controlar a ansiedade, que está diretamente relacionada com meu muito-querer. Vê que doido: Me controlo para não querer demais o que quero muito, para que esse exagerado querer não me atrapalhe no alcançar do que quero. 
Acho que por isso estou ausente do blog. Sair dessa esfera me distrai para outros contextos, e as exigências reais do atual cotidiano pedem atenção difusa e me deixam menos ansiosa, sabe? 
Enfim, mesmo com todo esse mimimi, e sendo filha de S. Almir, um cara que diariamente lista seus afazeres numa agenda e planeja até o horário que vai passear com o cachorro (tá, herdei um pouco isso do coroa, ¬¬), estou tentando "respeitar todas as - minhas - partes" para que essa fase de tentante me ensine algo que possa levar por toda a vida: Paciência e determinação em tudo o que propuser tentar.  

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